Os profissionais de saúde contaminam sua pele e roupas enquanto removem vestuário e luvas com mais freqüência do que imaginam, de acordo com pesquisa publicada no JAMA Internal Medicine.

Pesquisadores estudaram amostras de profissionais de saúde de cinco hospitais de Ohio, que realizaram simulações envolvendo a remoção de luvas ou roupas “contaminadas” utilizando para isto uma  loção fluorescente. Os participantes do estudo foram solicitados a remover seu equipamento de proteção individual de forma habitual. A luz negra foi então utilizada para verificar se houve contaminação na pele de suas mãos, antebraços, pescoço e rosto, bem como nos cabelos e nas mangas, busto e costas de suas camisas.

Os participantes do estudo receberam, em seguida, treinamento sobre a remoção adequada do equipamento de proteção, incluindo uma apresentação em vídeo de 10 minutos, 20 minutos de demonstrações sobre a colocação adequada e remoção, uma revisão sobre violações comuns e sessões práticas envolvendo a loção fluorescente e teste de luz negra.

Segundo os resultados, 46% de 435 luvas e roupas removidas resultaram em contaminação. Mais especificamente, a contaminação ocorreu em 53% das remoções de luvas e 38% das remoções de vestuário. As intervenções educacionais reduziram a contaminação da pele e vestuário de 60% para 19%, uma melhoria que foi mantida em um período de três meses de acompanhamento.

Estes resultados destacam a necessidade urgente de estudos adicionais para determinar estratégias eficazes, a fim de minimizar riscos de contaminação durante a remoção do EPI, para melhorar esses equipamentos e identificar métodos mais eficientes para a formação de pessoal no uso de EPI”, escrevem os autores.

Fonte: NasceCME

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